Turbinas ligadas! Assim foi o sensacional bate-papo (não há como chamar de palestra) do inspirado Samuka Marinho (Dir. de Arte/ Desconstrutora). O improviso de suas palavras conquistou espaço na platéia e deu fantástica propulsão à nave publicitária no segundo dia da IV Semana do Publicitário da Faculdade da Cidade, 06/05/2008.
O criador da logomarca do Festival de Verão brilhou desde o princípio e chamou os demais criativos para a mesa de fogo, sendo prontamente atendido. Ainda no rastro da palestra de Neca Boullosa (Dir. Arte/ Viamídia), aproveitou as novidades apresentadas pelo colega e foi contundente ao afirmar que não valoriza a cópia. Para Samuka, a publicidade baiana deveria criar de verdade, evitando, então, as famosas “chupadas” de estilos e conceitos (principalmente, europeus).
Depois de inflamar seus novos fãs, Samuka ouviu Bubba (Dir. Arte/Rocha Market) concordar com suas idéias e pedir menos photoshop. Afinal, “as pessoas cansam de imagens falseadas”. “Se você quer uma imagem de flor, vá em busca de uma flor.”, completa. Sentindo-se à vontade (como todos ali), Fernando Oliveira (Coordenador do Curso de Publicidade) pergunta à mesa: “vocês defendem o retorno do ‘real’ à direção de arte”? Samuka responde, causando risos à platéia: “sim, mas não precisa tirar meu emprego.”
Embaraçado com a sua “pesca”, o Diretor de Arte da Desconstrutora, deixa claro que o conceito de que “idéia é o que vale” “é o apocalipse do diretor de arte.Para o jovem publicitário de 29 anos, com atuação nas agências Almap/BBDO, JW Thompson e Africa, a Direção de Arte “é o direcionamento artístico da peça”. Com essa afirmação, ele deixou explícita a importância de cada um criar seu estilo. Em mais uma precisa observação, o profissional cita que Salvador é exportador de estrelas e questiona a causa de algumas ações só darem certo “lá fora”. Neca comenta que, dentre outros motivos, está a falta de visão para a comunicação de alguns clientes. “Não há departamento de marketing nas empresas locais; a negociação é direta com os donos das companhias”, revela.
O carisma de Samuka Marinho conquistou a platéia, que observava os impactos meteóricos que suas palavras causavam nos conceitos de cada um ali presente. Até a Diretora Acadêmica, Kátia Camillo, participou da motivadora conversa. Por fim, abrindo a caixa-preta, sempre será possível atestar que O Diretor de Arte fez a tripulação da nave publicitária viajar nas suas palavras. Bip!Bip!Bip!
Equipe Break SMS
3 comentários:
Só uma coisinha... Eu estava lendo aqui o blog e queria que vocês colocassem uma "erratinha". Eu disse que a frase "O QUE VALE É A IDÉIA" é o apocalipse do diretor de arte. Que ele (D. A.) deve abolir intimamente essa frase de sua carreira. Também não precisa somente fazer coisas “bestas” e bobas como fotos e ilustrações bonitinhas, mas, até mesmos as peças bobas e “bestas” precisam de fotos e ilustrações bonitinhas.
Talvez não tenha ficado claro pois eu sou meio gago e tenho pouco vocabulário... Eu esqueço as palavra também...Dislexia!
Acho interessante, Neca Boullosa, como um sócio de agência, falar que é complicado pq não existe setor de marketing no cliente. Acho que aí deveria ser mais fácil. O problema é que as agências não assinam pesquisa e não fazem planejamento em comunicação. Não conseguem convencer o cliente de nada é criativoso e tudo é pré-meditado a fim de atingir resultados. Sem pensar em curto, médio e longo prazos, não há como desenvolver uma marca de um cliente, muito menos fazer uma comunicação focada corretamente em um público-alvo. Como disse Samuka: o que vale é a idéia, mas com FOCO em vendas. Afinal, o publicitário usa o dinheiro do cliente para lhe dar retorno, não para ganhar prêmio, muito menos para fazer uma comunicação bonitinha.
O problema das agências é não saber tangibilizar esse retorno. Não demonstrar credibilidade e conquistar a confiança com base no que é palpável ao cliente.
Africa e JWT, sim... Mas eu nem sei onde é a ALMAP/BBDO. Ainda assim, não apague não. Ficou bonitinho a palavra no texto. Combinou. Rs
Postar um comentário